Ficar em casa. Todos os dias escutamos de pessoas próximas, nas mídias ou redes sociais uma intensão de proteção da coletividade, resumido na frase: “Fica em casa”. No momento, ainda escutamos a frase: “Fica em casa, se puder”.
Não é fácil mudar quem somos, isso se “materializa” em nossos comportamentos e nossas atividades. O quê fazemos no dia a dia muitas vezes nos define. Há todo tempo quando vamos nos identificar no meio social, buscamos informar quanto aos nossos hábitos e costumes. Alguns são advogados e também surfistas, lutadores de jiu-jitsu; outros são enfermeiros e gostam de futebol e sempre estão em uma roda de samba no final do dia; Muitos são de nós são muitas coisas. E são essas coisas que nos fazem “ser”. Esse “ser” é um conjunto de atividades, ofícios, comportamentos que formam a nossa persona. Essa é descrita por Carl Yung como a personalidade que o indivíduo apresenta aos outros como real, mas que, na verdade, é uma variante às vezes muito diferente da verdadeira.
Para cada local que vivemos temos uma forma de nos apresentar. Como um professor, que se coloca de uma forma, diante de alunos, em seu local de trabalho, mas em seu meio pessoal, possui a liberdade de utilizar outros códigos de comunicação, como palavras não recomendadas ao meio profissional, que poderia levar a um julgamento social. A variedade de possibilidades de sermos pessoas diferentes em diversos locais, muitas vezes nos afasta necessariamente de quem somos de verdade. Mesmo para casais quem moram juntos, existe momentos em que eles podem ter outras personas e tudo isso, que parece negativo, pode ser a capacidade lábil do ser humano de ser resiliente ao meio.
De certo, pode haver uma perda de identidade nesse período de isolamento. As pessoas que antes possuíam energia direcionada a afazeres, a rotina, a ao cotidiano conturbado do mundo contemporâneo, passam a um convívio reduzido e a diminuição física da prática de ir e vir comum ao indivíduo. Começa a emergir a seguinte pergunta: quem somos?
Não podemos nos definir apenas pelo que fazemos, porque mesmo distante do querer, as vezes somos obrigados a retirar vestimentas profissionais, nos afastar de hábitos e tantas outras coisas que apenas nos aproximam de uma nova visualização da única certeza que o ser humano possui. E não é da morte que falo, mas de que podemos ser qualquer coisa dentro de uma dada possibilidade. É por essa característica que o ser humano evoluiu.
O confinamento pode ser uma oportunidade. Muitos acham que agora o desenvolvimento deixou de existir mas ao contrário disso, foi na crise que a humanidade evoluiu. Inclusive nas reinvenções individuais. Temos a oportunidade de criar “novas tecnologias” não aquelas físicas, duras ou eletrônicas. Falo das maiores das tecnologias, aquelas que se estendem ao nosso corpo. Nossas emoções, nossa comunicação, nossos afetos, nosso comportamento diante do outro em espaços reduzidos. Esse é o desafio! Vamos lá?
Podemos diminuir essas condições do adoecimento da seguinte forma:
Diminua o contanto com informações que te deixe ansioso ou angustiado;
Busque informações confiáveis, o Portal PEBMED possui ótimas informações sobre Covid-19;
Procure medidas para se proteger planejando as ações diárias de forma preventiva;
Procure se atualizar-se em horários específicos, o fluxo de informações pode nos levar a ansiedade;
Busque o isolamento social e medidas que vão ajudar no processo de resiliência desse processo;
Faça atividade física periodicamente;
Crie atividades de lazer com os familiares;
Utilize as redes sociais para fazer contato com os entes queridos;
Faça contanto com pessoas que perdeu contato por impossibilidade do antigo ritmo diário;
Estude, afinal as plataformas nos ajudam com essas questões;
Faça uma lista das coisas que gostaria de fazer;
Faça coisas possíveis para o momento, não se cobre tanto;
Desenvolva novas habilidades, se possui dificuldade de falar sobre seus sentimentos por exemplo, é uma grande oportunidade.
Lembre-se de não se referir as pessoas com a doença como casos de Covid-19. Temos uma oportunidade de nos reinventar e nisso se inclui o respeito as famílias e as pessoas que têm Covid-19 ou tiveram suas complicações ou até mesmo as que faleceram. Temos a oportunidade de valorizar não só a nós mesmos, mas todos. É uma oportunidade de humanização da sociedade. Por isso, seja solidário podemos passar melhor se estivermos juntos. Faça contato com seus vizinhos, busque maneiras de ajudar a comunidade, uma delas e realizar suas compras no comércio local por exemplo, ou ajudar aos necessitados. Qualquer medida é possível, apenas é necessário se sentir bem. Vamos superar esse momento!
Fonte.: PebMed