Você já deve ter visto monumentos iluminados de rosa ou pessoas usando um lacinho feito de fita cor de rosa na blusa: esses são sinais que o Outubro Rosa chegou. A campanha – sempre realizada em outubro, claro – acontece em vários países e procura conscientizar sobre a prevenção ao câncer de mama.
E ela é mais do que necessária: o câncer de mama é um dos três tipos de câncer com maior incidência no mundo, ao lado dos cânceres de pulmão e o colorretal. Por ano, há uma média de 2 milhões de casos de câncer de mama diagnosticados no planeta.
No Brasil, os números também são grandes. O Instituto Nacional do Câncer (INCA) estima que, de 2020 a 2022, sejam diagnosticados anualmente 66.280 novos casos de câncer de mama – isso significa que, a cada 100 mil mulheres, 62 terão a doença. Para se ter uma ideia, o segundo câncer mais comum, o de cólon e reto, deve aparecer em 1.150 mulheres, entre 100 mil.
Por isso, o Outubro Rosa é tão importante. Mas você sabe como a campanha surgiu?
Vamos correr, que a Super Dica é importante!
Tudo começou em 1990, em Nova York, nos Estados Unidos. Na ocasião, rolou na cidade a primeira edição da Corrida pela Cura, uma maratona em prol do tratamento do câncer de mama e que acontece em outubro. Na época, a Fundação Susan G. Komen for the Cure, que organiza o evento, distribuiu aos participantes um lacinho feito de fita cor-de-rosa. Desde então, a Corrida pela Cura acontece anualmente e reúne milhares de atletas não-profissionais.
Mas foi só em 1997 que o Outubro Rosa propriamente dito nasceu. Outras entidades nos Estados Unidos aproveitaram a movimentação nesse mês para, de fato, conscientizar as pessoas sobre a importância do diagnóstico precoce – ou seja, aquele que é rapidamente constatado – do câncer de mama. No começo, para chamar a atenção da população, as instituições distribuíam os lacinhos rosas em locais públicos. Depois, as ações começaram a se expandir, e o Outubro Rosa saiu dos Estados Unidos e também chegou a outros países.
Ilumine-se!
Uma das ações mais marcantes da campanha do Outubro Rosa é a iluminação de prédios: à noite, eles são iluminados com luzes rosas. Prédios públicos, pontes, teatros, monumentos e outras construções passaram a receber as luzes em outubro. Não se sabe ao certo como nem quando surgiu essa ideia da iluminação. Mas, no Brasil, o Obelisco do Ibirapuera, em São Paulo, foi o primeiro monumento a ficar rosa, em 2002.
Divirta-se!
Com o passar do tempo, outros eventos para chamar para o Outubro Rosa começaram a surgir. Além da Corrida pela Cura, instituições norte-americanas promovem campeonatos de boliche, passeios de bicicleta, torneios de golfe e partidas de pôquer. Tem até uma “girls night out” – ou seja, uma noite de diversão para mulheres! O passeio inclui um bom jantar, vinhos e, claro, muita conversa boa. Para participar desses eventos, que ocorrem na cidade de Yuba, na Califórnia, é preciso comprar um ingresso. Toda a renda arrecadada com essa venda é revertida para instituições que tratam o câncer de mama.
Aos poucos, o Brasil foi ficando iluminado em rosa em cidades como São Paulo, Santos, Rio de Janeiro, Porto Alegre, Brasília, Salvador, Teresina e Poços de Caldas. O monumento mais simbólico do Brasil, o Cristo Redentor, foi iluminado em homenagem ao Outubro Rosa, e a imagem rodou o mundo!
O Outubro Rosa sempre bate na tecla do diagnóstico precoce – porque, quanto mais cedo a doença for detectada, maiores são as chances de cura. Antes de tudo, é sempre bom lembrar que o estilo de vida também pode favorecer, ou não, o aparecimento do câncer. Excesso de peso corporal, sedentarismo, consumo de cigarros e álcool e terapia de reposição hormonal são alguns dos fatores que podem propiciar o câncer de mama. Por isso, é importante ter uma dieta balanceada, rica em frutas e vegetais e com pouca gordura, e praticar atividades regulares, pelo menos por uma hora em três dias por semana.
Ah, e você sabia que a amamentação também é uma ótima forma de prevenção do câncer de mama? A recomendação é amamentar pelo maior número de meses possível. Além de levar uma vida saudável e amamentar, é de extrema importância realizar os exames preventivos clínicos, como a mamografia, que detecta a presença de nódulos ou outras alterações nos seios.
Mas há também o autoexame, que deve ser feito em casa – e que não substitui, de forma alguma, os exames clínicos! O autoexame pode ser feito pela própria mulher, tocando os seios e axilas em busca de alguma alteração.
Alguns dos sintomas que podem ser detectados são nódulos nas mamas ou nas axilas, inchaço de toda ou parte de uma mama (mesmo que não se sinta um nódulo), edema (inchaço) da pele, eritema (vermelhidão) na pele, inversão do mamilo, assimetria das mamas, espessamento ou retração da pele ou do mamilo, secreção pelos mamilos, inchaço do braço e dor na mama ou mamilo.
O autoexame das mamas ajuda a identificar qualquer um dos sintomas e é a melhor maneira de detecção. Ele é prático, rápido e proporciona um momento de autoconhecimento que é fundamental para a prevenção.
1- Fique de frente para um espelho para notar qualquer diferença em quatro posições: com os braços relaxados, em cima da cabeça, mãos na cintura e se inclinando para frente.
2- Apalpe as mamas em busca de algum nódulo ou alteração. Faça movimentos circulares e em direção ao mamilo. Utilize a mão esquerda para a mama direita e a mão direita para a mama esquerda.
3-Deite se com um dos braços atrás da cabeça e repita o procedimento.
Faça o autoexame uma vez por mês, 3 a 5 dias após a menstruação ou em alguma data fixa para mulheres que não menstruam.
A Super Cabo Multi destaca que o compartilhamento de informações preventivas é muito importante na luta contra o câncer de mama. Quanto mais mulheres informadas, mais mulheres terão chance de vencer a doença.