O jornalista caratinguense Felipe Senra acaba de lançar o livro “Leia no Volume Máximo: uma história da música pop do século XX em 20 canções”. O livro – publicado de forma independente e feito “na unha”, como define o autor – resgata quase 100 anos de cultura pop em uma reportagem só. Do blues de Robert Johnson caindo de joelhos em uma encruzilhada ao grunge de Kurt Cobain subvertendo e encerrando tudo com um tiro na cabeça, a obra viaja pela História recente costurando tópicos políticos e sociais em um texto leve, destemido e extremamente pessoal, inspirado na redação de fanzines, no New Journalism e na literatura Beat.
Formado em Jornalismo pelas Faculdades Integradas de Caratinga, Felipe passou pela reportagem do Diário de Caratinga entre 2004 e 2006 e pela equipe de Comunicação da Rede de Ensino Doctum entre 2008 e 2012. Já residindo em Belo Horizonte, o jornalista trabalhou com assessoria de comunicação na Assembleia Legislativa de Minas Gerais no ano de 2013 e, desde 2014, integra a equipe de Comunicação da Cemig, onde atua na assessoria de imprensa.
O jornalista produziu um livro em que conta a sua versão da história da música pop do século passado, desde os primórdios do gênero com o jazz e o blues nos longínquos anos 30, até o final da década de 1990, com bandas como Nirvana. São 20 capítulos, cada um sobre uma canção específica que retrata o que acontecia no mundo na época em que foi lançada. “Nessa história, acabo falando sobre outras canções, outros discos, outros acontecimentos, e também comentando fatos políticos e sociais que contextualizam as produções culturais de cada época. O livro acaba falando não apenas de música, mas também sobre todo o universo que a música envolve, como cinema, quadrinhos, televisão, literatura e cultura pop em geral”, define o autor.
Felipe cita como influência autores beatniks como Jack Kerouac, Allen Ginsberg e William Burroughs, além de clássicos do jornalismo alternativo e underground, como Hunter S. Thompson, e também o trabalho de jornalistas musicais pioneiros como Lester Bangs e Nick Kent. “Também gosto de citar nomes brasileiros que ralam diariamente para manter o jornalismo musical vivo no país, como Gastão, Thunderbird, Ricardo Alexandre, André Forastieri, André Barcinski e Alexandre Matias, além de mestres obrigatórios como Nelson Motta e Ezequiel Neves”, completa.
O livro – cujo texto começou a ser escrito no início de 2018 e foi concluído no final de 2019 – é o primeiro do autor e acaba de sair da gráfica, pela editora independente Jararaca Books. Com a pandemia, Felipe optou por esperar as coisas se normalizarem para realizar a tradicional noite de autógrafos. Enquanto isso, interessados em adquirir um exemplar podem entrar em contato com o autor pelo e-mail leianovolumemaximo@gmail.com ou direto pelo PAgSeguro por meio do link https://pag.ae/7WpdmAg4r .