Em um show inédito, Lenine acompanhado de seu filho, Bruno Giorgi, na turnê, “Rizoma”, se apresentam no dia 27 de janeiro, sábado, às 21 horas, no Grande Teatro Minascentro, em um show único.
De acordo com os filósofos pós-modernos Gilles Deleuze e Felix Guattari, “rizoma” é a possibilidade de abertura do pensamento, o que remete à expansão das raízes de uma planta. As narrativas não são cronológicas ou contínuas – elas sofrem interrupções e se abrem em múltiplas direções, criando novos pontos de conexão em uma história. Não à toa, Lenine e Bruno Giorgi (filho do cantor e compositor pernambucano e elogiado engenheiro de som) tomaram o conceito como inspiração para batizar a sua nova turnê, que traz no palco pai e filho. Rizoma, neste caso, o show, serve como uma plataforma para que o duo compartilhe com o público versões que ajudam a mostrar o lado artístico de ambos, formando uma teia diversificada de caminhos musicais.
A ideia que deu início ao rizoma musical apresentado vem de um período pré-pandêmico, quando Lenine e Bruno Giorgi começaram a experimentar uma outra maneira de reproduzir as canções. “‘Rizoma’ surgiu de todos os incômodos e sentimentos causados pela pandemia. Foi o estímulo necessário para que eu pudesse retomar o prazer por tocar e Bruno foi essencial nesse processo”, comenta. Capturando elementos das gravações originais, os dois transportam para o palco o ambiente sonoro de cada faixa, de cada projeto. Lenine crê na potência de fazer ligações entre diferentes referências artísticas, e por isso, a escolha do repertório visou abranger todos os álbuns já lançados pelo músico. “Como num universo onde tudo ruma para o caos, a vida como estado de ordem pode surgir”, pontua.
No palco, Lenine assume o microfone e o violão, enquanto Bruno se reveza entre baixo, bandolim, teclados, voz e sampler. O público pode esperar por um apanhado musical da história do artista pernambucano. Estão confirmadas no setlist composições como “Castanho” (Lenine e Carlos Posada), “Martelo Bigorna” (Lenine), “Leve e Suave” (Lenine), “O dia em que faremos contato” (Lenine e Braulio Tavares), “Tubi Tupy” (Lenine e Carlos Rennó), “Jack Soul Brasileiro” (Lenine), “Paciência” (Lenine e Dudu Falcão), entre outras.